quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Leitura de férias II

Comecei a ler o livro mais comentado por meu pai nos últimos tempos: "DEUS: um delírio", de Richard Dawkins. Nos últimos 6 meses meu pai o releu 5 vezes! E passou a ser ateu depois dele, o que eu creio que também acontecerá comigo ao terminá-lo. Sabe, não que eu seja uma grande cristã, pois nunca segui religião alguma e sempre achei a maior parte de seus ensinamentos uma grande baboseira. Achar que religião é coisa do mal eu já achava há muito tempo, mas deixar de acreditar em Deus e em qualquer outra coisa sobrenatural... Confesso que me assusta bastante!

Ok, meu problema não é com Deus, com a igreja ou com a sociedade, que me condenará quando eu me declarar atéia. Meu medo, na verdade é não ter mais onde depositar minhas esperanças quando tudo estiver uma grande merda. Afinal, mesmo pregando contra qualquer forma de religião, eu mesma tenho umas de me agarrar a Santo Expedito na hora do desespero.

Bom, deixando de lado essas preocupações e preconceitos bobos, o livro é bem interessante, e se baseia em grande parte na teoria da evolução das espécies. O autor fala muito do deus einsteniano, das leis da natureza e dos males das religiões, responsáveis pela maioria das desgraças da humanidade.

Segundo meu pai, todas as pessoas deveriam ler esse livro pelo menos uma vez na vida. Principalmente as que pretendem ter filhos (!?)

Leitura de férias

Meu pai (de quem pretendo falar mais pra frente em um post exclusivo, tal como ele merece) é um grande devorador de livros. E eu, que também adoro ler, mas há um tempo deixei esse hábito um pouco de lado devido à correria do meu dia a dia, tenho lá em casa uma pilha de livros indicados por ele que até agora não consegui executar.

Tenho aproveitado meus dias de folga para colocar a leitura em dia, e terminei no fim de semana "O Inconsciente na sua Vida Profissional", de Luiz Fernando Garcia. Não gosto muito desse tipo de publicação, mas este traz uma leitura gostosa e algumas sacadas bem interessantes sobre nosso comportamento no trabalho. Além disso, um dos capítulos traz a aplicação de um teste (o MBTI, utilizado pelo Instituto de Desenvolvimento Humano) que traça o perfil psicológico de cada pessoa dentre 16 possíveis tipos pré-estabelcidos.

Respondendo ao questionário composto por 44 perguntas, pude notar que apenas em 4 ou 5 delas minha resposta foi diferente da do meu pai, e no final fomos classificados pelo mesmo perfil, o INFP (Introversão, Intuição, Sentimento e Percepção) apelidado de "O Curador": "Idealista e flexível, deseja que seu trabalho contribua para algo importante. Perfeccionista, pode se perder nos prazos e costuma gastar muito tempo com reflexões antes de agir. Sofre ao tentar agradar muitas pessoas ao mesmo tempo."

Tirando a parte de sofrer ao querer agradar à muitos, o resto todo me define bem, e por isso me interessei bastante em fazer esse teste com um profissional habilitado. Também gostei de me encaixar no mesmo grupo do meu pai, que é talvez a pessoa a quem eu mais admire (nem tanto profissionalmente, mas pessoalmente ele me inspira super). O que me deixou um pouco inquieta foi o fato de os portadores do nosso perfil representarem apenas 1,7% dos donos de negócio... Num olhar pessimista, isso pode significar que não levamos jeito pra coisa e teremos que nos acostumar à idéia de responder a um superior forever. Mas otimista que sou, prefiro pensar que justamente devido à escassez de nosso tipo psicológico no mercado, empresas lideradas por nós tendem a se destacar e estão destinadas ao sucesso!

Em homenagem a eles...


quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Melancolia (que não sai de mim, não sai de mim, não sai)

Pois ontem eu passei uma tarde inteeeeeeeeira dentro de uma papelaria (eu simplesmente AMO artigos de papelaria), escolhendo uma agenda, comprando coisinhas adoráveis como canetinhas coloridas, clips, papéis estampados, uma lapiseira que tem cabeça de frango e outras cositas más. Agora sim estou preparada para começar o ano.

Fora isso, passei o dia dentro de casa. Engraçado... antes eu não conseguia ficar dentro de casa, precisava sair, ver pessoas, encontrar amigos, etc, etc. Hoje eu venho pra cá e adoro ficar em casa, mesmo que ninguém da família esteja para me fazer companhia. Essa casa me traz boas sensações, positive vibration (yeah) Mas confesso: é bem melhor em companhia de meus entes queridos. Sinto saudade de ser filha, de ser irmã. Meus irmãos são incríveis, e a nossa relação é demais! Meu caçulinha, que é a minha cara, é rebelde e às vezes insuportável, mas é um bom menino e, quando estamos de bem, um doce de pessoa. Hoje fiz uma "tatuagem" nele com minhas canetinhas novas: um imenso arco-íris nas costas e embaixo escrito "Macho Macho Man". Ele nem reclamou. Minha irmãzinha então, que sempre, durante a vida inteira, foi minha parceira e cúmplice, é a mais especial pra mim. E é tao bom vir pra casa e ver que nossa sintonia não se enfraquece mesmo com toda a distância e todo o tempo! À noite fizemos um super programa remember: jogamos imagem e ação! Muito bom! Eu e ela X Fer e Lu. Ganhamos TO-DAS!!! Super gêmeas ativar! Ninguém é páreo para nossos códigos, e demos muita, muita risada!

Só quando faço esse tipo de coisa e reencontro essas pessoas tão queridas é que vejo o quanto sinto falta disso. Durante todo o resto do ano eu me fantasio de forte e independente e vou tocando meu barquinho, mas nessa época eu me lembro de quem eu sou, eu me lembro do que eu gosto e me lembro do que as pessoas gostam em mim. E isso me dá força pra encarar tudo de novo. Ah... Como eu queria ter tudo ao mesmo tempo! Como eu queria não precisar fazer certas escolhas! Como eu queria não ter que sentir saudade! Como eu queria que minha irmã fosse minha vizinha de porta! Aliás, queria que todas as pessoas que eu amo morassem no meu prédio. Que bom seria... Tomaria café da tarde com minhas amigas, faríamos bolo e fofocas, e eu almoçaria com a minha família todos os dias, e nos fins de semana juntaríamos todos e faríamos um churrasco, ou colocaríamos a TV no salão de festas e assistiríamos a filmes engraçados. E eu não precisaria ficar longe do meu amor pra fazer nada disso... E não teríamos que passar nem uma noite sem dormir abraçadinhos.

Meu amor está triste, e por isso eu não consigo estar feliz. Mas vai sarar, meu amado. Vai sarar.
"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido"
Dalai Lama

Será que vale a pena?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Do tudo e do nada...

Bom, então estou aqui de volta, já em 2009, e posso dizer que não estou lá tããããããão feliz quanto gostaria. Meu fim de ano foi bom, e o balanço de 2008 teve sim um saldo positivo, mas o reveillon infelizmente coincide com meu inferno astral, e como se não bastasse, esse ano ainda veio acompanhado de forte TPM e carência "das braba". Sendo assim, minha virada foi um pouco conturbada, eu exigindo muito de quem eu amo e oferecendo muito pouco em troca. Minha viagem então foi metade feliz e metade triste, mas como tendemos a supervalorizar o lado negativo de tudo, voltei frustrada e com aquela sensação de que deu tudo errado... Se tem uma coisa que me mata é fazer triste a quem eu amo. Eu não queria. Eu nem percebi. Eu não vi que você estava precisando tanto de mim quanto eu de você, e a única coisa que enxerguei foi meu próprio umbigo... Me desculpe, meu amor! Eu errei, eu errei.
Como sei que algumas coisas só melhoram com o tempo, com a saudade e com a cabeça fria, estou aqui agora, longe de você por alguns dias, te dando o espaço que precisa pra colocar alguns pensamentos e sentimentos no lugar e dar aos fatos suas verdadeiras proporções. Daqui 3 dias estarei de volta aos seus braços, e espero que consigamos recuperar todas aquelas coisas boas que somos, sentimos e vivemos juntos. Enquanto isso vou aproveitar pra organizar minhas coisas por aqui, resolver as últimas pendências e deixar tudo pronto para esse 2009 que acaba de chegar.
Deixando de lado a tristeza e o negativismo, estou armazenando energia positiva nesses últimos dias em off para encarar um grande desafio pelo qual muito esperei. Meu ano novo é, tal como tanto quis, um caderno totalmente em branco, sem margem nem pauta. Cabe somente a mim preenchê-lo da melhor forma, e é justamente esse meu grande desfio: não ter regras, nem horário, nem patrão e nem salário. Somente a folha em branco. E quer saber? Nada de caneta preta, muito menos lapiseira. Eu vou é usar lápis de cor, canetinha e giz de cera! E vou separar as cores mais bontas pra você, meu amor!